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Realizar experimentos é preciso

A educação tradicional está em cheque. As tarefas repetitivas darão lugar ao conhecimento prático (saber-fazer). O simples acúmulo de conhecimento não será mais uma prática viável. A autonomia dos alunos deve ser um caminho a ser trilhado, fazendo com que as pessoas construam habilidades e competências que permitam descobrir, recuperar e fortalecer o potencial criativo dentro delas mesmo.

Os membros da comissão internacional sobre educação para o século XXI, coordenada por Jacques Delors propôs 4 pilares:

1. Aprender a conhecer, que indica o interesse e abertura para o conhecimento.;

2. Aprender a fazer, que enfoca na coragem de executar, correr riscos e, até mesmo, errar buscando acertar;

3. Aprender a conviver, que traz o desafio de convivência, do respeito a todos e da fraternidade como caminho do entendimento;

4. Aprender a ser, que explica o papel do cidadão e o sentido da vida.


A utilização de experimentos científicos no ensino de física permite a relação com esses pilares, em particular, aprender a conhecer e aprender a fazer, levando o estudante a aprender a aprender. Dessa forma. o estudante é estimulado a compreender o mundo que o rodeia, com uma visão científica sobre suas observações. Em uma sociedade altamente tecnológica, é preciso ampliar o desenvolvimento de gestão dos alunos, que objetivam torná-los capazes de gerenciar projetos, otimizar recursos, trabalhar em equipe, enfrentando situações que apareceram em seu dia a dia e ao longo de sua vida.

Assistir um experimento permite entender o fenômeno físico de forma visual. Aquelas questões secas de um bloco descendo um plano inclinado ganha vida. O (a) estudante não esta apenas tentando resolver um exercício de fixação. Agora o bloco de fato está descendo, e é necessário se preocupar com o tempo de descida, a distância percorrida, decidir pela absorção ou não do atrito nos cálculos, lidar com variações de valores encontrados e finalmente aplicar as equações e registrar seu aprendizado.

Em outro momento, é possível se maravilhar com fenômenos eletromagnéticos, entender a relação entre a força e distância em uma alavanca, quebrar a cabeça com o fenômenos óptico e por ai vai.


Experimento com circuito elétrico em série paralelo

Nesse processo de assistir os experimentos ou confeccioná-los, várias habilidades são colocadas na mesa: autonomia, ações de trabalho em equipe, raciocínio lógico, ações de planejamento, ouvir, comunicar, pesquisar, estudar, resumir, etc.

No decorrer do tempo, as necessidades de desenvolvimento humano, aliadas aos estudos científicos de cada época, permitiram a criação de novos processos produtos, e como consequência, transformações econômicas e sociais. O salto tecnológico do último século reinventou a forma humana de interagir socialmente, possibilitando a conexão global de pessoas e saberes, modificando modos de vida e permitindo que, cada vez mais, o conhecimento da humanidade fosse compartilhado.

A utilização de experimentos é uma forma dos estudantes se conectar com o mundo, que está cada vez mais tecnológico, global e com mais necessidade de pessoas com conhecimento plural. Dessa forma, criamos cidadãos para o mundo, capazes de interagir com a sua realidade e não apenas mero repetidores de tarefas.




REFERÊNCIA

DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. UNESCO, MEC. São Paulo: Cortez, 1999.


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